sábado, 26 de abril de 2008

Me perdoem por essa falha meus queridos amigos, demorei e muito a postar essa trinca, nao sei porque, fuçando aqui em meus vinis, achei entao essas perolas que nao podem ficar perdidas assim, por isso, obrigo a voces a baixarem logo essas pedradas, e repassem a seus amigos e entes queridos, por isso deleitem-se,
isto é uma ordem!!!
Saravá!!!
Lado B






Elza, Miltinho & Samba - Vol 3 - 1969



A tão cultuada divisão rítmica de Miltinho não é famosa até hoje à toa. "Sou ritmista. A única particularidade é que canto dois tempos atrasados, a harmonia vai na frente. Como é que eu descobri isto? Não descobri coisa nenhuma. É que fica muito mais bonito. Você fica com dois tempos para errar. As pessoas não sabem que dois tempos em música é troço que não acaba mais, dá pra escrever uma carta pra casa", diverte-se. E não importa se num samba mais tradicional ou no mais jazzístico. "Tanto em um quanto em outro a divisão é dois por quatro. Se dividir dois por quatro, não tem problema, me sinto bem até na Aída, de Verdi", ri. Sua primorosa dicção e seu suingue, conjugados à sua forma nasalada de cantar, fizeram dele um intérprete ímpar: "Todo mundo dizia que eu era entupido, e eu costumo dizer que cada um canta por onde sabe. Eu canto pelo nariz e a minha divisão vem do fato de eu ser ritmista. Eduquei três filhos tocando pandeiro, com muita honra!". Palavra de mestre!


Rodrigo Faour



Elza da Conceição Soares - Elza Soares

A carioca nasceu em 23 de Junho de 1937, cresceu na favela de Água Santa, subúrbio de Engenho de Dentro, casou-se ainda pré-adolescente – aos 12 anos – e foi mãe aos 13.
Optou pelo mundo da música e foi caloura do programa de Ary Barroso.
No final da década de 50, participou da turnê da cantora Mercedes Batista, na Argentina, onde ficou por um ano. Quando foi morar em São Paulo, começou a apresentar sua famosa voz rouca em teatros e casas noturnas. Em 1962, durante a Copa do Mundo, conheceu Mané Garrincha, com quem se casou mais tarde.
Nos anos 80, sua carreira tomou novo fôlego quando gravou, com Caetano Veloso, a música “Língua”. A partir de 1986, com a morte de Garrinchinha, seu filho com Mané, passou nove anos na Europa e nos EUA.
No ano 2000, ganhou o prêmio de Cantora do Milênio, pela BBC de Londres, e apresentou-se lá, ao lado de Gal Costa, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso e Virgínia Rodrigues.
Elza é uma daquelas pessoas que parece ter energia inesgotável, para exibir talento através de sua música. Uma mistura de samba, soul, funk e raça.

Milton Santos de Almeida - Miltinho

Ele diz que aprendeu a ter tanto ritmo assim com Deus. Não teve professores. Desde menino tinha fixação em pandeiro. Todo Natal seu pai lhe perguntava o presente que queria ganhar, e ele: - Quero um pandeiro! O pai resmungava: - Outro? Mas você já tem dez!
Nascido numa família de classe média da zona sul carioca, Miltinho morava no bairro do Catete e, ainda na adolescência, tinha ali na Rua Correia Dutra um conjunto vocal intitulado Cancioneiros do Ar - e não do "Luar", como consta por aí em alguns dicionários de meia-tigela. O grupo conquistou a nota dez do impiedoso Ary Barroso, em seu programa de calouros na Rádio Tupi. Era um bom presságio para uma carreira que começou por acaso. Um belo dia dos anos 40, Russo, o pandeirista do Namorados da Lua, foi garfado por Aloysio de Oliveira para integrar seu Bando da Lua, àquela altura nos Estados Unidos, acompanhando a estrela Carmen Miranda. Miltinho foi chamado a substituí-lo e pôde então começar profissionalmente neste grupo, lançando pérolas como Eu Quero um Samba ao sucesso.
Uma curiosidade forte é que - Elza, Miltinho e Samba, vol. 2 - 1968, é considerado uns dos maiores discos de samba da história. Elza Soares está muito técnica nesse disco. Repertória bem composto que vai de Noel Rosa a Dorival Caymmi. - por isso ele é perfeito.

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