Caetano Veloso - Araçá Azul - 1972

Ouve um grande Bafafá sobre os cem melhores discos do Brasil, e como nós do musica da minha gente fazendo pesquisas sobre tal assunto resolvi agraciar vocês com estes discos tambem, mas com uma diferença, todos os links estao funcionando, e outra coisa, postarei somente os discos que realmente fizeram diferença pra musica brasileira, entao,

deleitem-se!

97° Lugar - Caetano Veloso - Araçá Azul - 1972

Dedicatório do disco – Araça azul 1972
Caetano Veloso

Um disco para entendidos.
Bola Nieve – Hermínia Silva – Clementina de Jesus – Dinailton – D. Morena

Disco conceitual de Caetano, provavelmente o disco mais tropicalista já gravado. Traz um Caetano diferente, ainda com suas belas poesias, mas com um tratamento diferente dado a elas, um experimentalismo fantástico, sons que surgem quando menos se espera. É um disco para se ouvir com paciência, prestando muita atenção nas nuances, nos arranjos tresloucados, lembrando os do mestre Duprat, vale a pena gastar um tempinho dando a devida e merecida atenção a esta relíquia do mestre Caetano, é só pensar que este é o melhor disco, da melhor fase do baiano.

Nesse aqui o Caetano tocou o terror, a começar pela capa. Após retorno do exilio, e na sequencia do que eu e muitos consideram sua obra-prima, o "transa", o filho de dona Canô caiu de boca numa espécie de desbunde experimental e lançou no mesmo ano de 72 o Araça Azul. "Um Disco para entendidos", como informa a ficha técnica.

O Album vai da faixa mais pesada já gravada por Caetano ("Eu quero essa mulher assim mesmo", de Monsueto, em versão totalmente rock ´n roll) ao silêncio constantemente ameaçado "De palavra em palavra".

Dando a palavra ao próprio Caetano, ele revela um pouco como o disco que foi recordista em devoluções nas lojas do Brasil foi gravado: "No caso daquele Araça Azul, (...) foi um disco que eu fiz sem pensar, sem parar pra pensar, entendeu? Não é que eu tivesse projetado fazer uma coisa assim ou assado – não, eu quase não tinha composição nenhuma quando entrei no estúdio.Eu entrei no estúdio e em poucos dias eu disse assim: eu vou fazer, mesmo com minhas deficiências de músico eu vou fazer a parte musical, vou inventar, ou fazer o que quiser no estúdio, o que pintar, não é? Então pintou aquilo que você viu. Saí, pelo fato de ter sido feito assim, apareceu muita coisa."

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