Todos da verdadeira safra estao nos deixando,dessa vez foi Dorival, o Algodao, o mestre, o poeta, o escritor, o genio, ninguem cantou e encantou e exaltou tanto a Bahia como ele, de uma simplicidade impar, seu carisma exalava por onde ele passava, responsavel pelo amor incondicional a Bahia escreveu tudo o que sentia na sua cadeira que repousava e de onde vinha as maiores inspirações, ele se foi, e grande parte de uma visao unica sobre esse mundo, o meu medo é de que genios como ele nunca mais irá aparecer, e uma cultura tao grande e rica como a do nosso país ficará somente na memoria, de poucos, nos ajudem a mudar esse quadro homenageando nossos mestres e criando obras importantes para nossa posteridade, há discos dele no blog, expalhem e deleitem-se, fica aqui meu grande pesar....
Lado B
Saravá Dorival, Saravá!!!!!
Lado B
Saravá Dorival, Saravá!!!!!
Dorival Caymmi, compositor baiano, nascido em 30 de abril de 1914, é responsável em grande parte pela imagem que a Bahia tem hoje em dia, seu estilo inimitável de compor e cantar influenciou várias gerações de músicos brasileiros. Em Salvador teve vários trabalhos antes de tentar a sorte como cantor de rádio, e como compositor ganhou um concurso de músicas de carnaval em 1936. Dois anos mais tarde foi para o Rio de Janeiro com o objetivo de realizar o curso preparatório de Direito e talvez arranjar um emprego como jornalista, profissão que já havia exercido em Salvador. Mas, incentivado pelos amigos, muda de idéia e resolve enveredar para a música.
Primeiro, por obra do acaso, tem sua música O que é que a baiana tem? incluída no filme Banana da Terra, estrelado por Carmen Miranda. Em seguida sua música O mar foi colocada em um espetáculo promovido pela então primeira-dama Darcy Vargas. Daí em diante seu prestígio foi se ampliando.
Passou a atuar na Rádio Nacional, onde conheceu a cantora Stella Maris, com quem se casou em 1940 e permanece casado até hoje. Seus filhos Dori, Danilo e Nana também são músicos. As canções que celebrizaram Caymmi versam na maioria das vezes sobre temas praieiros ou sobre a Bahia e as belezas da terra, o que colaborou para fixar, de certa forma, uma imagem do Brasil para o exterior e para os próprios brasileiros.
Algumas das mais marcantes são A lenda do Abaeté, Promessa de pescador, É doce morrer no mar, Marina, Não tem solução, João Valentão, Maracangalha, Saudades de Itapoã, Doralice, Samba da minha terra, Lá vem a baiana, Suíte dos pescadores, Sábado em Copacabana, Nem eu, Nunca mais, Saudade da Bahia, Dora, Oração da Mãe Menininha , Rosa morena, Eu não tenho onde morar, Das rosas.
Em 60 anos de carreira, Dorival Caymmi gravou cerca de 20 discos, mas o número de versões de suas músicas feitas por outros intérpretes é praticamente incalculável. Sua obra, considerada pequena em quantidade, compensa essa falsa impressão com inigualável número de obras-primas.
Obra completa
Acaçá, samba, 1984; Acalanto, canção de ninar, 1957; Acontece que eu sou baiano, samba, 1943; Adalgisa, samba de roda, 1964; Adeus, samba, 1948; Afoxé, s.d.; Amor delicado (c/João de Barro), samba-jongo, 1946; Anjo da noite (c/Danilo Caymmi), toada, s.d.; Até as pedras da rua (c/Osvaldo Santiago), marcha, 1941; A Bahia também dá, 1936; Balada do rei das sereias (Manuel Bandeira), balada, s.d.; Balaio grande (c/Osvaldo Santiago), samba, 1941; Beijos pela noite (c/Jorge Amado e Carlos Lacerda), modinha, s.d; O bem do mar, cançao praieira, 1973; Cala boca, menino, capoeira, s.d.; Canção antiga, s.d.; Canção da noiva, 1964; Canção da primeira netinha, canção de ninar, s.d.; Canoeiro (Pescaria), canção praieira, 1950; Cantiga, cançao, 1948; Cantiga de cego (c/Jorge Amado), samba, s.d.; Canto de Nanã, samba, 1972; Canto de Obá, samba, 1972; Chorei na cancela, samba, s.d.; Das rosas, valsa-samba, 1964; O dengo que a nega tem, samba, 1941; Desde ontem, samba-canção, s.d.; Dois de Fevereiro, samba, 1957; Dona Chica, 1972; Dora, samba-frevo, 1945; Doralice (c/Antonio Almeida), samba, 1945; É doce morrer no mar (c/Jorge Amado), toada, 1941; E eu sem Maria (c/Alcir Pires Vermelho), samba, 1952; Essa nega fulô (c/Osvaldo Santiago), samba, s.d.; Eu cheguei lá, samba, 1972; Eu fiz uma viagem, toada, 1956; Eu não tenho onde morar, samba, 1960; Festa de rua, cena baiana, 1948; Flor da noite, 1984; Francisca Santos das Flores, canção a portuguesa, 1984; História de pescadores, samba, 1957; História pra sinhozinho, canção de ninar, 1945; Horas, valsa, s.d.; laia, 1984; A jangada voltou só, canção praieira, 1941; João Valentão, samba-cancão, 1953; Lá vem a baiana, samba, 1947; Lá vem formosa (c/Alberto Ribeiro), samba, 1945; Lembranca do passado (c/Carlos Guinle), samba-canção, 1950; A lenda do Abaeté, canção, 1948; A mãe d’agua e a menina, marcha, 1984; O mar, canção, 1939; Maracangalha, samba, 1956; Maricotinha, samba, s.d.; Marina, samba-canção, 1947; Marcha dos pescadores, marcha, 1972; Melodia do meu bairro, samba, s.d.; Milagre, s.d.; Modinha de Gabriela, 1975; Modinha para Teresa Batista (c/Jorge Amado), valsa, s.d.; Morena do mar, samba, 1972; Na cancela, samba, s.d.; Não tem solução (c/Carlos Guinle), samba-canção, 1952; Nem eu, samba-canção, 1953; Nesta rua tão deserta (c/Carlos Guinle, Klein e Hugo Lima), samba-canção, 1954, Ninguém sabe (c/Carlos Guinle), samba-canção, s.d., No sertão, toada, 1930; Noite de temporal, canção praieira, 1940; Nunca mais, samba-canção, 1949; O que é que a baiana tem?, samba, 1938; O que é que dou (c/Antônio Almeida), samba, 1947; Oração da mae Menininha, samba, 1972; Peguei um ita no Norte, toada, 1945; Pescaria, cena praieira, 1944; A preta do acarajé, samba, 1939; Por quê?, samba, s.d.; Promessa de pescador, canção, praieira, 1939; Quem vem pra beira do mar, toada, 1954; Rainha do mar, cantiga dos pescadores, 1939; Recordação... Saudade..., samba, 1949; Requebre que eu dou um doce, samba, 1941; Retirantes, marcha, s.d.; Roda, pião, canção de roda, 1939; Rosa morena, samba, 1942; Rua deserta (c/Carlos Guinle e Hugo Lima), samba, 1954; Sábado em Copacabana (c/Carlos Guinle), samba-canção, 1951; Samba da minha terra, 1940; Santa Clara clareou, canção, 1972; São Salvador, samba, 1960; Sargaço mar, canção, 1975; Saudade (c/Fernando Lobo), samba, 1947; Saudade da Bahia, samba, 1957; Saudade de ltapoã, canção, 1948; Sem os carinhos teus (c/Osvaldo Santiago), samba, 1940; Seu defeito é não ter (c/Osvaldo Santiago), marcha, 1942; Só louco, samba, 1955; Sodade matadera, toada, 1948; Suíte dos pescadores (Historia dos pescadores), 1965; Tão só, samba-canção, 1953; Tem dó (c/Alberto Ribeiro, Antonio Almeida e João de Barro), samba, 1943; Tema sem nome, 1984; Trezentas e sessenta e cinco igrejas, samba, 1946; Valerá a pena (c/Carlos Guinle), samba, 1954; Vamos falar de Teresa, samba, s.d.; Vamos ver como dobra o sino, toada, s.d.; Vatapá, samba, 1942; Velhas histórias (c/Danilo Caymmi), 1986; O vento, canção praieira, 1949; Vestido de bolero, samba, 1943; A vizinha do lado, samba, 1946; Você já foi à Bahia?, samba, 1941; Você não sabe amar (c/Carlos Guinle e Hugo Lima), samba-canção, 1950; Vou ver Juliana, samba, 1972.
MPB Cifrantiga
Por Elifas Andreatto
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